A existência obscurecida
através das feridas causadas pelo silêncio e, apesar de tantos segredos,
prometo viver na luz,
abrir-me ao desconhecido e levar para a sacada
as palavras que me habitam, e assim,
compartilhá-las,
antes que se decomponham
e morram na solidão.
Prometo dizer, declarar e difundir
toda verdade que me visite,
portadora de mensagens universais
ou talvez simples frases
que chegam à minha porta sempre aberta
precisando ser ditas.
Eu as acolho e as devolvo à sua origem
para que fluam desapegadas como asas.
Nada fica em mim porque nada me pertence,
portal onde a dor é sentida,
assim como a alegria.
Meus pássaros amorosos vão e vêm.
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